Políticos e Líderes Religiosos

Pela primeira vez na história o mundo se aproxima de uma morte global. Até agora só existia a morte individual; a sociedade continuava, o mundo continuava. Sim, pessoas chegavam e partiam — velhos morriam e crianças nasciam —, mas havia continuidade, a vida sempre estava lá. Sim, a vida individual era problemática, mas somente o indivíduo se preocupava com isso. Era muito fácil para o sacerdote explorar o indivíduo — ele era fraco demais, pequeno demais e limitado demais. Sabia que ia morrer, precisava da ajuda do sacerdote para encontrar algo imortal a que se apegar. Algo eterno, que o levasse além da morte. Essa era a promessa do sacerdote. Mas isso nunca foi um problema enfrentado por toda a sociedade. Hoje, toda a sociedade enfrenta esse perigo. Até aqui, nunca havia ocorrido tamanha crise, por isso as pseudo-religiões, as religiões pigmeias, eram suficientes. Aos indivíduos, bastava receber pequenas doses delas. Agora, pela primeira vez, estamos nos aproximando da morte de toda a humanidade — não só de toda a humanidade, mas de toda vida. Morte encontrando vida em sua totalidade é o momento certo para o surgimento de uma nova espiritualidade, ou uma nova religiosidade.