TERROR NO LAGO PARANOÁ

A noite caía sobre o Lago Paranoá como um manto pesado, tingindo as águas de um negro aveludado. O vento soprava leve, carregando o cheiro úmido das margens, onde os capins se curvavam em sussurros. Naquela hora crepuscular, apenas o farolejar distante da Ponte JK quebrava a escuridão, seus arcos de concreto iluminados como ossos gigantescos erguidos contra o céu.